Tcharlie, o tempero raro: da saudade do CIA ao novo banquete da Desportiva Deodorense
- Fernando Antônio
- há 11 minutos
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Meia ambidestro e sorridente, cria do extinto Desportivo CIA das Bebidas, agora apimenta o time recheado da Desportiva Deodorense
Por Fernando Antônio para Sport News Radio

No vasto cardápio da várzea de Marechal Deodoro, faltava aquele toque especial. E ele tem nome, apelido e futebol: Tcharlie, cria do inesquecível Desportivo CIA das Bebidas, é agora o ingrediente que faltava na receita da Desportiva Deodorense. Não é exagero. O moleque junta graça e veneno no mesmo drible, atacando pelos dois lados com chute forte e sorriso fácil.
“O CIA foi meu começo, ali eu jogava solto. Agora é outro desafio, com mais cobrança, mas com o mesmo prazer”, diz Tcharlie, que chega como reforço de impacto no elenco mais falado da cidade. Seu jeito leve em campo lembra pelada de infância, mas com responsabilidade de camisa pesada. Ele trata a bola como quem conversa com um velho amigo — com respeito, mas sem cerimônia.
Na Desportiva, ele encontra estrutura e um projeto vencedor. Mas é a espontaneidade do seu futebol que muda o ritmo do time. “Quero somar com meu jeito. Não sou estrela, sou parte de um grupo que quer fazer história na várzea”, afirma, sem ensaios. Tcharlie dribla como quem foge da rotina — e talvez seja por isso que o futebol dele pareça tão novo, mesmo nos campos de sempre.
O extinto CIA das Bebidas deixou saudade, e parte dessa saudade tem nome e chute ambidestro. Agora, ele reencarna o brilho de outrora em nova camisa. Na várzea, onde o campo é chão e palco ao mesmo tempo, alguns jogadores não passam. Eles ficam. E fazem falta quando não estão.
Tcharlie voltou — ou melhor, seguiu. E agora tempera a Desportiva Deodorense com o sabor raro de quem joga feliz.
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