Flamengo vence o Racing com gol de Carrascal e larga na frente na semifinal da Libertadores
- Fernando Antônio

- há 5 dias
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Maracanã ferveu! Diante de mais de 71 mil torcedores, o Flamengo venceu o Racing por 1 a 0, com um gol de Carrascal aos 43 do segundo tempo, e abriu vantagem na semifinal da Libertadores.

A noite em que o Maraca voltou a rugir
O relógio marcava 21h30 quando o Maracanã virou caldeirão. Mais de setenta mil rubro-negros vestiram a alma de vermelho e preto para empurrar o Flamengo no primeiro duelo da semifinal da Libertadores 2025. E foi no embalo do cântico incessante que Jorge Carrascal, o colombiano de passos leves e olhar de craque, escreveu o novo capítulo da história rubro-negra: um gol aos 43 do segundo tempo, selando o 1 a 0 sobre o Racing e a vantagem para o jogo de volta.
O grito veio da garganta e ecoou pelos quatro cantos do estádio. O Flamengo venceu com sofrimento, mas também com poesia. Porque Libertadores é isso: suor, drama e explosão.
O roteiro de um duelo nervoso
O primeiro tempo foi uma batalha tática. O Racing fechou os espaços, congestionou o meio e tentou esfriar o clima infernal das arquibancadas. O Flamengo respondeu com intensidade — Arrascaeta e Pedro buscaram jogo, Luiz Araújo tentaram o golpe —, mas o gol teimava em não sair.
Na etapa final, Filipe Luís mexeu no tabuleiro: ousou, colocou Plata, Samuel Lino e Bruno Henrique e deu mais fôlego à criação. O colombiano Carrascal, que parecia predestinado, guardou o dele com categoria — um chute que desviou na defesa argentina e fez o Maraca explodir. O tipo de gol que muda série e destino.
O herói improvável
Carrascal chegou sob desconfiança, mas vive noite de redenção. Ele correu, driblou, lutou e decidiu. “É para esses momentos que a gente trabalha. O Maracanã pulsa diferente”, disse o camisa 15 ao fim do jogo, ainda ofegante.
Mais do que o gol, ele devolveu confiança a um Flamengo que buscava um protagonista além dos de sempre.
Análise tática e emocional
O que funcionou:
A pressão alta e o domínio territorial empurraram o Racing para o próprio campo.
Filipe Luís acertou nas trocas e mostrou leitura fina de jogo.
A defesa, com Danilo e Léo Pereira, foi impecável.
O que preocupa:
A falta de eficiência nas finalizações: o gol só saiu no fim.
A vantagem mínima deixa o duelo aberto para o jogo de volta na Argentina.
O Maracanã, personagem principal
Mais do que palco, o Maracanã foi o 12º jogador. As bandeiras tremulavam, os tambores não paravam e as vozes pareciam empurrar o time nos minutos finais. “Aqui é Libertadores, irmão”, gritou um torcedor — e era verdade: o clima era de guerra santa pelo futebol.
O que vem pela frente
O Flamengo leva a vantagem de 1 a 0 para o jogo de volta, na próxima semana, em Avellaneda. Um empate basta para garantir vaga na grande final continental. Mas o time sabe: em Libertadores, nada vem fácil.
O Racing, orgulhoso e técnico, vai jogar sua vida diante da torcida. O Fla precisa manter a concentração e o mesmo espírito guerreiro.
A chama acesa
Noite de Libertadores é sempre uma mistura de fé e loucura. E o Flamengo soube jogar com o coração. O gol de Carrascal é o símbolo dessa chama que nunca se apaga.
O Maracanã viveu mais uma noite mágica — e o torcedor, esse eterno romântico do futebol, foi dormir acreditando que o céu da América pode ser, de novo, rubro-negro.




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