Time azulino apresenta mudanças de jogo, variações de posicionamento e aproximação tanto para criar quanto para deter investidas adversárias
Após sua apresentação, há 21 dias, Roberto Fonseca lançou mão de metáfora para dizer que iria romper de imediato com o CSA de 2022, idealizando que "pintaria a casa de novo" pouco tempo depois do rebaixamento do CSA no Brasileirão Série B para Série C. No primeiro jogo do treinador e da equipe principal no Estádio Rei Pelé, o quadro do time rebaixado no ano passado realmente teve mudanças de personagens e a goleada por 4 a 0 sobre o Murici pelo Campeonato Alagoano já trouxe pinceladas diferentes nesse cenário de reformulação e otimismo.
Em relação ao time-base do rebaixamento do ano passado, foram 11 mudanças. Rodrigo Rodrigues, negociado com o Juventude, deu lugar a Kaio Nunes, jogador novato e que a torcida ainda está conhecendo. Nas laterais, Jonathan e Erick substituÃram Éverton Silva e Diego Renan. Na zaga, Xandão, dono da braçadeira de capitão exerce uma liderança importante no elenco.
É verdade também que o adversário azulino na terça não era dos mais fortes, mas foi possÃvel observar uma mudança de rumos e um CSA mais plural e aguerrido. O losango do ano passado deu lugar a um meio-campo mais flexÃvel, com mudança constante de posições. Ainda assim, Roberto Fonseca sentiu que mais aproximação e alternativas são importantes para ampliar o leque de jogadas. Xandão, João Felipe, Kaio Nunes e Thales marcaram na vitória do Azulão do Mutange.
Roberto Fonseca começou a pintar o CSA que deseja e que Rafael Tenório aparece querendo resgatar. Está longe da obra final e precisa de novos rascunhos para projetar um quadro que o coloque na história do clube. Mas, o fato de querer romper abruptamente com um modelo perdedor, dá indÃcios de que também não levará muito tempo para assinar um time com a sua cara. Sábado, em Maceió, contra o CRB, tem mais. Aguardemos os próximos traços do time azulino.