Brasil reina no Macena Open Prime, sol se põe em ouro e transforma a Praia do Francês em palco de consagração ao Beach Tennis
- Fernando Antônio
- há 16 horas
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Daniel Mola e Giovanni Cariani vencem guerra de nervos; Sophia Chow e Vitória Marchezini escrevem poesia na areia. Título brasileiro duplo e festa verde-amarela em Marechal Deodoro.

O sol descia sobre a Praia do Francês, tingindo de laranja o céu de Marechal Deodoro, quando o Brasil começou a escrever mais um capítulo dourado da sua história no Beach Tennis mundial. Era o encerramento do Macena Open Prime 2025, torneio categoria BT 400, com US$ 35 mil em premiação e 470 pontos no ranking internacional — mas o que se viu foi muito mais do que um simples torneio: foi uma celebração da alma brasileira no esporte.
Na arena principal, Daniel Mola e Giovanni Cariani viveram um épico digno de roteiro. Caíram no primeiro set por 5/7, levantaram poeira, respiraram fundo e voltaram com a força de quem joga por amor e destino. Venceram Allan Oliveira e Fabrício Neis por 6/1 e 10/8, sob gritos, aplausos e corações acelerados. “É o famoso tem que querer, os socinhos estão ON!”, gritou Mola, ainda com os olhos marejados. “Esse título tem o gosto das lágrimas que a gente deixa nos treinos.”
Ao lado dele, Cariani, com o suor misturado ao sal do mar, completou: “Primeiro BT 400, primeiro título aqui. A energia do Mola e da torcida empurrou a gente até o fim. Hoje, somos campeões de alma.”
Enquanto a lua surgia refletida na água calma da Lagoa Manguaba, era a vez das mulheres tomarem o palco. Sophia Chow, tricampeã e dona da casa, parecia jogar como quem dança — leve, precisa, serena. Ao seu lado, a jovem Vitória Marchezini, com a fome de quem carrega o futuro nos olhos. Juntas, derrotaram as russas Elizaveta Kudinova e Anastasiia Semenova, atuais campeãs mundiais, por 7/6 (7/4) e 6/4.
“Incrível jogar aqui. Cada ponto foi uma batalha, mas a Vitória foi fantástica”, disse Chow, sorrindo com a tranquilidade de quem domina as marés. “A Praia do Francês é meu amuleto.”
Vitória, emocionada, completou: “Todos lembram da nossa guerra no Mundial. Hoje foi revanche, foi alma, foi Brasil.”
Com atletas de nove países — Brasil, Itália, França, Espanha, Rússia, Venezuela, Portugal, Aruba e Colômbia —, o Macena Open Prime reafirmou por que é mais que um torneio: é uma vitrine do espírito esportivo, da mistura de suor e poesia que define o beach tennis.
E quando a areia se aquietou, ficou a certeza: o esporte venceu, o turismo vibrou e Marechal Deodoro gravou seu nome no mapa do mundo. Agora, é a vez dos amadores — das categorias A, B, C e D — transformarem o domingo em mais um espetáculo de garra e paixão.
Organizado pela Paxá Sports, com chancelas da Federação Internacional de Tênis (ITF), da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e da Federação Alagoana de Tênis (FAT), o evento contou com o Hotel Ponta Verde como hospedagem oficial e a Heroes como bola oficial.
O Macena Open Prime 2025 termina, mas o eco dos gritos brasileiros ainda paira no vento do Francês. O beach tennis, mais uma vez, provou que a areia pode ser palco — e o Brasil, protagonista.
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