O Guangzhou FC, ex-clube do técnico Felipão na China, anunciou que ficará inativo em 2025 devido a crises financeiras, evidenciando os desafios econômicos no esporte local.
O Guangzhou FC, clube que já foi símbolo do poderio do futebol chinês, anunciou nesta semana que ficará inativo em 2025 devido a severas crises financeiras. A decisão marca o declínio de uma das equipes mais vitoriosas da história recente da China, que contou com nomes de peso como Luiz Felipe Scolari, Paulinho e Elkeson em seu auge.
A crise no Guangzhou FC reflete um cenário mais amplo no futebol chinês, que vive uma retração após anos de investimentos exorbitantes e políticas agressivas de expansão. O clube, fundado em 1954, foi heptacampeão consecutivo da Super Liga Chinesa entre 2011 e 2017, além de conquistar duas vezes a Liga dos Campeões da Ásia, em 2013 e 2015. Esses feitos colocaram o Guangzhou no mapa global, atraindo estrelas e técnicos renomados.
Felipão, que comandou a equipe entre 2015 e 2017, destacou em entrevistas anteriores a estrutura de ponta do clube e o apoio incondicional da torcida. No entanto, o modelo de gestão, baseado em altos investimentos, foi gradativamente enfraquecido por mudanças econômicas e regulamentações impostas pelo governo chinês, que limitaram os gastos com contratações e salários.
Raízes da crise
A retração financeira do Guangzhou começou a se agravar com a pandemia de COVID-19, que impactou severamente as receitas dos clubes na China. O colapso do conglomerado Evergrande Group, principal patrocinador do time, foi outro fator determinante. Sem suporte financeiro, o Guangzhou enfrentou dificuldades para manter seu elenco e cumprir obrigações contratuais, resultando em rebaixamento na temporada 2022.
Com a suspensão das atividades em 2025, o clube junta-se a outros times chineses que enfrentaram dificuldades semelhantes nos últimos anos, expondo o fim de uma era que prometia transformar o futebol chinês em uma potência global.
Impacto no futebol asiático
O declínio do Guangzhou FC representa mais do que uma perda para seus torcedores; ele evidencia um retrocesso no desenvolvimento do futebol asiático. A saída de um clube tão representativo diminui a competitividade da Super Liga Chinesa e reduz as expectativas de crescimento do esporte no continente.
Apesar do cenário sombrio, há esperança entre os fãs e especialistas de que o Guangzhou possa reestruturar suas finanças e retornar em um futuro próximo, ainda que em um formato mais modesto. O legado de glórias e conquistas do clube permanece vivo na memória de seus torcedores, enquanto o futebol chinês enfrenta o desafio de se reinventar diante de crises econômicas e estruturais.
Para os admiradores do esporte, a queda de um gigante como o Guangzhou FC serve como um lembrete dos riscos de um crescimento rápido e insustentável. O mundo do futebol observa agora os próximos passos da equipe que, outrora, foi sinônimo de sucesso na Ásia.
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